sábado, 18 de agosto de 2012

Missão da família se estende à toda humanidade, diz bispo

'A medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais', afirma Dom Antônio Augusto
O projeto de Deus para a família é muito amplo, engloba a vivência do amor e do perdão, de um relacionamento profundo no próprio âmbito familiar. No entanto, também é um projeto que diz respeito a toda a humanidade.

Essa reflexão é do bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, também membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, sobre a relação da família e da comunidade. O tema é um dos assuntos tratados na Semana Nacional da Família, que está sendo celebrada em todo o país até o dia 18 deste mês.

O bispo explica que a família não existe para si mesma. "Ela é chamada a ser evangelizadora. A família não está para si, como também o indivíduo não está para si, mas para o outro. A família está para outras famílias, para a comunidade paroquial, para toda a humanidade".

Nessa afirmação está incutido um papel muito grande da Igreja, destaca Dom Antônio, que é o de mostrar à família que todos os valores bons que ela cultiva dentro de si, só continuarão a crescer se for "expandido", transmitido a outras comunidades.

"A lógica de Deus é inversa - 'Dai e dar-se-vos-á' (Lc 6,38). Quando se compartilham os bens espirituais eles se multiplicam. À medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais e as pessoas estarão muito mais satisfeitas. Por outro lado, a família que se fecha em si mesma, se empobrece. Então, abrir-se à comunidade é uma questão de sobrevivência da família", enfatiza.

Como ensinar os filhos?

Para Dom Antônio, a melhor maneira de ensinar os filhos a estarem atentos aos outros é proporcionar que eles tenham proximidade com os irmãos que mais precisam.

"Visitar hospitais, orfanatos, casas de repouso para idosos, levar os filhos para verem os mendigos nas praças... Sem nenhum receio, fazer com que os filhos se sensibilizem com as necessidades dos outros. Vejam pessoas que vivam felizes com tão pouco. E entendam que, muitas vezes, o que eles mais precisam não é de roupas e alimentos, mas de atenção, de alguém que compartilhe com eles momentos que passam sozinhos", exemplifica o bispo.

Atitudes como essas "desenvolvem e dilatam" o coração, diz Dom Antônio, "faz os filhos crescerem com esse sentido, essa sensibilidade social".

Exemplo dos cristãos

Os primeiros cristãos viviam de perto essa realidade. Eles conviveram com Jesus ou com testemunhas diretas da vida de Cristo e O anunciavam. O subsídio para a Semana Nacional da Família destaca que as primeiras comunidades cristãs tinham o costume de praticar gestos de amor fraterno e de caridade aos domingos.

"Alimentados da Eucaristia dominical transformavam o dia do Senhor no dia da caridade, assumindo a dimensão evangélica do serviço", explica o texto.

Essa atitude dos primeiros cristãos tem sido muito enfatizada pelo Papa Bento XVI, que nos convida a "conhecer a Cristo e levá-lo à nossa sociedade", destaca Dom Antônio. "A Igreja se faz não simplesmente com as estruturas, com os meios econômicos e tecnológicos de que dispomos, mas se faz com pessoas que sabem ter esse encontro pessoal com Cristo".

Os primeiros cristãos dialogaram com a cultura da época e conseguiram extrair dela os valores positivos. Também os cristãos de hoje podem fazer a diferença na sociedade.

"É possível vencer a cultura do individualismo com a valorização da pessoa como criatura de Deus. É possivel vencer a cultura da morte mostrando o valor divino da vida. É possivel vencer a cultura do consumismo mostrando às pessoas que os bens materiais são necessários para desenvolver o bem de todos [...] Assim dialogamos com a cultura e fazemos com que ela seja um veículo de comunicação de Deus", concluiu Dom Antônio. 
Fonte:Cancão Nova Notícias.
Semana da Família na Paróquia Bom Jesus da Cana Verde  em Quitandinha

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA 2012

Entre os dias 12 e 18 de agosto será realizada a Semana Nacional da Família do ano de 2012. É um evento anual que faz parte do calendário de praticamente todas as paróquias do Brasil. Para a ocasião foi elaborado um subsídio que apresenta reflexão sobre o tema: “A Família: o trabalho e a festa”.
O subsídio foi construído com a participação de representantes da Comissão para a Vida e a Família, membros dos Regionais da CNBB e assessores especializados. “Vamos trabalhar o mesmo tema que foi aprofundado durante o 7º Encontro Mundial das Famílias, com o papa, em Milão”, disse o presidente da Comissão Episcopal Família e Vida da Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.
Para o presidente, “o tema ajudará cada família a viver melhor a relação com o trabalho, sem ser absorvido e estraçalhado, pelas necessidades e exigências do mundo do trabalho”, explica o presidente.
A primeira Semana Nacional da Família foi realizada em 1992, e de todos os anos traz um tema que defende os valores familiares e cristãos. “É um evento extraordinário que mobiliza a Pastoral Familiar, e outros movimentos e grupos de família de todo Brasil”, afirmou dom João Carlos Petrini.
O subsídio começou a ser editado desde a vinda do papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e passou a ser publicado anualmente. Atualmente está em sua 16ª edição com uma tiragem de 200 mil exemplares. “Neste subsídio queremos auxiliar os encontros da Pastoral Familiar que acontecerão em todo o país, mas de uma maneira mais particular, na Semana Nacional da Família”, disse um dos assessores da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca.

PARTICIPE DA MISSA DE ABERTURA DA SEMANA NACIONAL DA FAMÍIA NA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, NO DIA 11 DE AGOSTO ÀS 16 HORAS NA CATEDRAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS.




 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

ENCONTRO DE FORMAÇÃO ABORDOU A BIOÉTICA E OS DIREITOS HUMANOS

Padre José Rafael Solano Duran, coordenador do Comitê da Bioética da CNBB Regional Sul II conduziu a noite de formação sobre Bioética no dia 28 de julho de 2012 na Paróquia Senhor Bom Jesus para os casais agentes de Pastoral Familiar da diocese de São José dos Pinhais e também para os fiéis da comunidade do Senhor Bom Jesus. Pe. Rafael abordou na primeira parte do encontro a Bioética e os direitos humanos e falou que quando nos referimos a vida, a ressaltamos em todos os seus aspectos, enfocando a totalidade da pessoa humana. Nesta ótica, a vida torna-se um bem inviolável, cujo papel da bioética é desenvolver meios para que este princípio seja vivido e respeitado. Ressaltou que o significado mais profundo no campo bioético consiste no reconhecimento da dignidade da pessoa, do momento de sua concepção até o de sua morte. Num primeiro "cochicho" fizemos uma partilha sobre que benefícios são trazidos para nós quando somos tratados e reconhecidos como pessoa humana.
Assim fomos refletindo sobre o conceito de uma bioética personalista que tem como fundamento o reconhecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões, do reconhecimento da pessoa como unidade de corpo e espírito.
A segunda parte do encontro foi introduzida por dois vídeos que abordavam o Projeto Genoma Humano cujo principal objetivo é mapear todos os genes do genoma humano. A partir daí, pretendia-se determinar as possíveis causas para muitas doenças e com a identificação desta causas, deveriam ser desenvolvidas terapias genéticas para a cura destas doenças. Então começamos a refletir sobre a manipulação e as agressões a vida. No segundo "cochicho" da noite fomos estimulados a uma nova partilha no sentido de encontrar os meios de como podemos preservar e salvar a vida humana.
No final do encontro foi feita uma avaliação dos partipantes e um agradecimento ao Pe. Rafael pela sua disponibilidade em nos ajudar a entender as imensas perspectivas da bioética com seu conteúdo que é amplo e complexo.